Lumisol: 1º Projeto

              Alinhado com as preocupações ambientais, juntamente com o Grupo de Pesquisa Sendes – Soluções em Energia e Design, foi realizada uma análise mercadológica na área de iluminação pública, no nordeste brasileiro, e foi constatado a importância de um produto com diferencial sustentável. Com isso, observou-se a importância da concepção de uma luminária pública eficiente, sustentável e autônoma da rede elétrica. Onde se obteve em projeto anterior o desenvolvimento das pesquisas chegando à conclusão do protótipo, denominado LUMISOL (Figura 01).


No projeto LUMISOL, prevaleceu o uso de componentes recicláveis e renováveis (Figura 02), tendo destaque a utilização da energia solar fotovoltaica como fonte de energia renovável, descartando a utilização da energia proveniente das redes convencionais elétricas. A substituição das lâmpadas convencionais por LEDs, que além de consumos elétricos muito reduzidos garante um tempo de vida de até 50.000 horas. E por fim o uso do bambu como elemento estrutural, substituindo os atuais modelos de postes existentes no mercado, geralmente produzidos em cimento.
 
 
 
           O primeiro projeto teve como meta a tentativa de aproximação ao máximo dos “3Rs” (Reduzir, Reutilizar, Reciclar), cujo objetivo inicial, foi de desenvolver uma luminária pública que atendesse aos requisitos de um projeto autossustentável, e que fosse atribuído a sua estrutura componentes que não acarretassem prejuízos ao meio ambiente.
            Inicialmente tais requisitos foram atendidos, porém após concretização do protótipo foram percebidos pontos passíveis a melhorias, como por exemplo, a atribuição de materiais mais leves e de maior resistência a intempéries.
            Tendo como ponto de partida a análise da base da luminária (Figura 03-A), base essa, que tinha a finalidade de dar sustentação ao poste estrutural. Consistia de uma chapa de aço quadrada com dimensões de 400x400 mm, na qual recebia doze tubos de aço de diâmetro de 1” unidos através de solda elétrica. Esse conjunto tinha a finalidade de segurar as varas de bambu (Figura 03-B) formando o poste estrutural da luminária.


              Este tipo de estrutura não teve uma boa aceitação, devido às medidas dos tubos em relação aos bambus, que nesse caso, algumas das varas de bambu sofrem trincamentos (Figura 04), esses, ocasionados no momento da montagem ou posteriormente, com o movimento constante provocado pelos ventos.

                 O mesmo se sucedeu na parte superior da luminária, o componente produzido (Figura 05) no qual tinha a finalidade de elemento de união de a placa solar com o poste estrutural, também não apresentou bons resultados, provocando trincas nos bambus e, além disso, devido ao seu excessivo peso dificultava no momento de sua montagem.


        Pode-se dizer ainda, que outro fator dificultoso encontrado no projeto foi o uso do bambu como elemento estrutural, devido a não ser um componente totalmente linear, o que dificultava na composição da luminária. Outro fator é a espécie comercializada na região, denominada “cana da índia”, que além de serem difíceis de serem encontradas na região, este tipo de espécie é vendida sem tratamento o que provoca uma aceleração de sua degradação quando exposta por longos períodos sob condições de intempéries.
            No mais, o projeto atendeu bem aos requisitos de sustentabilidade, onde a atribuição da placa fotovoltaica de 70W juntamente com uma bateria de 150A supriram satisfatoriamente a demanda de geração e armazenamento de energia. Os LEDs, por sua vez trabalharam de forma econômica e forneceram uma iluminação eficiente e adequada nos períodos de ausência de luz.